sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PRESIDENTE DA APRAM ABORDA GOVERNADORA EM SOLENIDADE DE ENTREGA DE MEDALHAS

Governadora condecora PMs
Durante a solenidade de entregas de medalhas aos Policiais Militares em Mossoró na tarde/noite de ontem, 28/09/2011, na Praça de Eventos, a Governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, foi abordada pelo Sd Jadson, presidente da APRAM, no momento em que estava no meio da tropa parabenizando os policiais pela condecoração. Na ocasião Jadson se dirigiu à Governadora e perguntou sobre a proposta de subsídio, dizendo ainda que dia 10/10 estaria em Natal em nova reunião na busca de uma nova proposta. Rosalba, que estava acompanhada do comandante geral da PM, coronel Araújo, sercretário de segurança, oficiais e assessores, parou por alguns instantes para ouvir o presidente da APRAM e afirmou que o governo estava trabalhando pra resolver a situação mas que haviam dificuldades financeiras. Rapidamente um "batalhão" de repórteres cercou a Governadora para registrar suas declarações e fazer outros questionamentos, tornando inviável a continuação do diálogo. Instantes depois, quando discursava ao microfone, a governadora se dirigiu ao presidente da APRAM para afirmar que estava trabalhando para corrigir distorções entre as categorias. Jadson também teve rápida conversa com o comadante geral no momento em que este chegou ao evento. Neste momento o presidente da APRAM juntamente com outros PMs perguntaram ao mesmo sobre as possibilidades de melhoria na tabela apresentada pelo governo sendo que o Coronel Araújo respondeu que haveriam mudanças positivas na tabela.

APRAM

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MP recomenda que policiais repassem custódia de presos a agentes penitenciários

Rafael Barbosa - Repórter

O Ministério Público  do Rio Grande do Norte recomendou à Polícia Civil que entregue a custódia dos presos às unidades prisionais, mesmo havendo recusa por parte unidades. A recomendação foi publicada no  Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (29), e assinada pelo promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra.

De acordo com Beetoven, "independentemente das providências pertinentes ao crime de desobediência, o policial civil condutor deverá algemar o preso junto às grades ou outro ponto fixo do interior do estabelecimento indicado na ordem judicial - com algemas descartáveis (tipo abraçadeira, confeccionadas em material sintético) - e advertir o agente penitenciário presente de que, a partir daquele momento, o conduzido estará sob a responsabilidade da COAPE/SEJUC, se retirando do local em seguida, devendo tudo ser certificado no verso do mandado judicial, com a assinatura das testemunhas presentes, que poderão ser os próprios policiais civis que auxiliaram na condução".

A recomendação foi publicada em virtude do alojamento de detentos em delegacias, desviando a função dos policiais civis que deveriam apenas investigar crimes, e, na atual situação, passam a atuar com carcereiros. Segundo Wendell Beetoven, muitos juízes criminais, ao examinarem o comunicado de prisão em flagrante, não designam o estabelecimento prisional no qual deve o preso ser custodiado. Com o argumento de falta de vagas, ou a brecha deixada por alguns representantes do Judiciário, os servidores do sistema prisional se recusam a receber novos apenados, que são encaminhados para as DP's.

A recomendação  nº 005/2011 diz que, de posse do mandado de prisão, o agente civil deve conduzir o preso até o Itep, para realização do exame de corpo de delito. Em seguida, sem retornar à delegacia, ele deve ser conduzido ao estabelecimento prisional determinado no mandado, pelo juiz.

Após deixarem os custodiados nas unidades prisionais, os policiais devem, em um prazo de 24h, comunicar ao juízo, formalmente, todo o ocorrido, e juntar aos autos do inquérito policial respectivo cópias do mandado de prisão, e da certidão do policial condutor.

Decap divulga lista dos três acusados mais procurados da Grande Natal







De Paulo de Sousa para o Diário de Natal
 
A Delegacia Especializada de Capturas (Decap) está no encalço de dois acusados de assaltos, considerados os mais perigosos da região metropolitana, e um homem que atacou com violência a própria mulher. A equipe liderada pelo delegado José Nunes está mobilizada para prender Tiago "Raposa" Batista Coelho, 27 anos, Asclepíades "Pi" Santos Souza, 31, e Luiz Veríssimo de Lima, 55.

Entre esses, a procura é maior em torno do "Pi". Segundo José Nunes, a modalidade principal de crime do Asclepíades é o assalto. No entanto, ele ainda responde pelos crimes de narcotráfico e assassinato, inclusive contra um policial militar. "Esse é o mais violento. O modo de agir dele é invadir residências, render pessoas e roubar vários objetos". A violência é uma característica marcante do procurado, uma vez que, segundo a Polícia, ele chegou a agredir até um idoso com uma coronhada durante um dos assaltos. O último crime a ele atribuído, conforme o delegado, aconteceu em uma residência do bairro de Candelária, na noite do último dia 22.

Outro assaltante perigoso é o Tiago "Raposa". Sua característica também é a de invadir casas e render os proprietários para roubá-los. Mas, além disso, esse assaltante costuma levar os veículos das vítimas. "Ele é um clínico geral, atua de várias maneiras. Rouba carros e motos também", comenta o delegado. O titular da Decap afirma que "Raposa" chegou a ser detido em agosto pela sua equipe, mas foi liberado logo após pela Justiça, que já expediu novo mandado de prisão contra ele. "Mas ele é muito astuto, esperto, difícil de se pegar".

Já Luiz Veríssimo é procurado por sua crueldade. No dia 8 de maio , ele teria saído de casa com a esposa, Magali de Albuquerque, 50, no bairro de Lagoa Azul, com intenção de ir à festa de aniversário de um sobrinho. No entanto, enquanto caminhavam por uma estrada carroçável do conjunto Gramoré, ele pegou um facão que estava escondido em um matagal e passou a atacar a mulher. A vítima sofreu profundos cortes no rosto e parte do braço direito e pés decepados.

Policiais e bombeiros militares não aceitam proposta do governo com valor inferior a 20% do salário do coronel

As entidades representativas da Polícia Militar, dentre elas a Associação dos Cabos e Soldados, participaram de mais uma reunião com na Consultoria do Estado, ontem, para tratar da proposta de subsídio para a categoria. O governo do estado apresentou uma proposta impraticável que diminui o valor do salário do soldado de R$ 3.447 para R$ 2.700, o que foge do índice de 20% do salário do coronel para soldado. A proposta apenas manteve o valor de R$ 17 mil para o coronel. Além da distorção nos valores o governo propôs que esse aumento seja parcelado até 2015.

As entidades representativas dos praças e oficiais foram unânimes em manter a reivindicação do índice de 20% para o soldado e aceitação do parcelamento até 2014. O governo garantiu estudar a proposta e apresentara os estudos de impacto na folha no dia 10 de outubro. “Durante todos esses meses negociamos sem paralisação. Não vamos aceitar nenhuma proposta com um salário inferior a R$ 3.447 para o soldado. A proposta encaminhada não é de associação A ou B, é uma proposta da instituição, um consenso entre todas as entidades e os Comandos da Polícia e Bombeiro Militar. Estamos muito preocupados com o tempo, pois a mensagem do orçamento 2012 já está na Assembleia Legislativa sem a previsão orçamentária necessária para aplicar o aumento”, afirma o Cabo Jeoás, presidente da ACS PM/RN e vice-presidente da Associação Nacional dos Praças.

Participaram da reunião além dos representantes das entidades representativas dos praças e oficiais, o Secretário de Administração e Recursos Humanos, José Anselmo de Carvalho Júnior, a Consultora Geral do Estado, Tatiana Mendes Cunha, e os Comandos da Polícia e Bombeiro Militar.

As associações mantiveram a Assembleia Geral Unificada com a categoria para 04 de outubro, às 14h, na Associação dos Subtenentes e Sargentos (Avenida Presidente Bandeira), para decidir com a categoria sobre a proposta apresentada pelo governo e quais os rumos serão tomados com a realização de mobilizações e de uma possível paralisação.

Fonte: ACS/PM

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Detentos usam túnel para fugir do presídio de Alcaçuz

Mais uma fuga ocorreu no presídio estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. Por volta das 14h25, presos da cela 1 do pavilhão 4 utilizaram um túnel para fugir da unidade prisional. Até o momento não há a identificação dos detentos. A direção do presídio informou que seis detentos fugiram, mas há informações da Polícia Militar que o número pode chegar a nove presos fugitivos.

De acordo com o diretor do presídio, major Marcos Lisboa, os detentos cavaram um túnel que chegou a outro que já havia sido aberto, mas foi parcialmente fechado. Eles, segundo Lisboa, "emendaram" os túneis e aproveitaram para fugir durante o horário de visitas. A guarda do presídio, ao observar a movimentação, impediu que outros detentos deixassem o pavilhão, que atualmente conta com 103 homens.

"Não há como impedir uma fuga dessas porque estão dentro do pavilhão, usam um túnel e nem sempre são vistos. Ainda bem que a guarda, mais uma vez, estava atenta e conseguiu impedir que mais detentos saíssem", disse o major Marcos Lisboa.

A Polícia Militar já foi acionada e está em busca dos fugitivos. A direção do presídio de Alcaçuz já começou o trabalho para ideintificar quais foram os detentos que deixaram a unidade e também o fechamento do túnel aberto no pavilhão 4.

Fonte: Tribuna do Norte

URGENTE - MULHER FUGIU DA DELEGACIA DE SÃO RAFAEL ONTEM (27/09) A NOITE




Fugiu na noite de hoje da delegacia de São Rafael a traficante Rosa Roseli de Moura, popularmente conhecida como "Rosa Palmeiron".


A mesma foi uma das quatro pessoas detidas por tráfico de drogas no dia 03 de abril do corrente ano.


"Rosa Palmeiron" teria aproveitado o momento que a guarnição policial saiu para jantar e empreendeu fuga  deixando todos os seus pertences para trás.


Informações dão conta que a mesma teria levado sua filha menor de idade, provavelmente a mesma esteja na região de Assu/RN ou Carnaubais já que tem uma filha da mesma que reside naquela região.


Isso torna ainda mais vulnerável a questão de custódia de presos por policiais militares, uma vez que não é função da polícia militar custodiar presos e que já tinha sido solicitado transferência da mesma da unidade policial militar, tendo em vista não possuir condições para custodiar detentos provisórios.


Fica agora o apelo para quem tiver qualquer informação que possa levar ao paradeiro de "Rosa Palmeiron" ligar para os números: (84) 33362300, 88734530 , Delegacia de São Rafael, ou (84) 33316596 Delegacia de Assu, ou 190 Polícia Militar.

pmsaorafael.blogspot.com

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Os Dez Mandamentos do Policial


Toda atividade profissional possui suas características, que expandem ou limitam os aspectos da vida daquele que se propõe a adotar determinada profissão. Neste sentido, a atividade policial é um dos ofícios que mais exige cuidado e adaptação da vida afetiva, familiar e cotidiana de seus adeptos. Por isso, resolvemos fazer um pequeno guia para aqueles que não são policiais entenderem essas limitações, e para os policiais que nos lêem reforçarem ideias que geralmente lhes são passadas desde o curso de formação.
Os Dez Mandamentos do Policial são ensinamentos para cuidar da integridade do policial e daqueles que se relacionam com ele fora ou durante o desempenho de sua atividade profissional:

Policiais que frequentam locais vulneráveis à incidência de crimes estão se dispondo a correr riscos que podem ter fins trágicos. É claro que as coisas podem ocorrer em qualquer local, porém, sabemos bem os bares, lanchonetes e outros estabelecimentos propícios à presença de pessoas envolvidas com o crime. Não é agradável sentar em uma mesa de bar ao lado de um suspeito preso em uma ocorrência por você próprio em outra ocasião. Por isso, independentemente do custo dos lugares que frequenta, procure sempre estabelecimentos onde a honestidade parece ser a característica de seu público.
Todos nós possuímos amigos, mas não necessariamente somos responsáveis pelas suas trajetórias. Assim, é perfeitamente possível que um amigo de infância enverede pelo ambiente do crime, e que passe a ter um estilo de vida incondizente com o que um policial pode admitir para sua própria segurança. Não se trata de “elitismo”, de ter amizades diferenciadas só por ter se tornado policial. Mas, no mínimo, é preciso estabelecer limites para alguns tipos de amigos – principalmente aqueles de ocasião.
Relacionamentos amorosos podem gerar sérios problemas para policiais, a depender de quem seja a pessoa com quem está se relacionando. Considerando o fato de que a atração amorosa não é controlada racionalmente, ou que este controle tem certos limites, é bem possível que um policial se envolva com pessoas que, por sua personalidade ou ambiente familiar e de amizades (e até por seus relacionamentos amorosos anteriores) sejam problemáticas para a convivência. Há casos em que esposas de policiais matam seus maridos por ter conseguido acesso a sua arma de fogo após uma discussão. Policiais que se relacionam com traficantes de drogas etc.
Um professor financeiramente descontrolado terá que dar aulas a mais para tentar voltar à estabilidade. Um policial, com arma de fogo à disposição e investido de sua condição profissional, com todas suas prerrogativas, terá tentações muito mais perversas para complementar sua renda. Certamente, esta não é a única fonte de corrupção de um policial, mas é imprescindível procurar gastar pouco para precisar de pouco, pois as soluções que aparecerão para seus problemas financeiros podem lhe gerar problemas judiciais e vitais. Mesmo com o geralmente parco salário, é preciso se manter na honestidade.
Nem sempre é possível estar observando tudo que está a sua volta. Existem momentos de relaxamento natural do corpo e do raciocínio. Mas o policial não pode se descuidar excessivamente, ou corre o risco de sofrer represálias em decorrência do seu exercício profissional. Se possui o hábito de portar arma de fogo, esta máxima é ainda mais pertinente. Entrou em um ônibus coletivo? Sentou em uma mesa de bar? Está sacando dinheiro no banco? Esteja sempre atento.
O policial geralmente se torna uma referência para a segurança da comunidade em que reside. Assalto nas proximidades? Pede ao policial para resolver. Arrombamento em uma casa? Chama o policial para entrar e ver se há alguém suspeito no interior da residência. Esta “utilidade”, porém, acaba levando o policial a se considerar um xerife de rua, uma espécie de ordenador abusivo de qualquer problema que surja em sua comunidade: algo que levará seus próprios vizinhos a se incomodarem com a postura. As “milícias” são uma extensão desse papel irregular de ditador exercido por um policial.
É comum ver policiais que se envolvem em ocorrências policiais fora de serviço como se de serviço estivessem – como se estivesse na companhia de uma guarnição, com rádio comunicador para requisitar apoio, fardado etc. Outros, fardados e de serviço, excedem suas competências e os limites legais, e abusam do poder que lhes é atribuído. Para ser policial é preciso exercer permanentemente a humildade e a discrição. A arrogância e a petulância podem ser fatais.
Pouca profissões são tão estressantes quanto a atividade profissional. Por isso, se dedicar ao trabalho policial sem ter atividades secundárias de relaxamento e diversão é um tiro no pé, que certamente trará problemas para a saúde. Participe de atividades sociais não policiais, leia livros, assista filmes, jogue futebol, viaje, enfim, pratique atividades que lhe façam se despir da condição formal e tensa que a polícia nos impõe.
É verdade que as polícias não treinam adequadamente seus policiais. Por isso, precisamos nos pronunciar sempre sobre estas carências, pressionar para que a zona de conforto dos responsáveis por dotar os policiais de treinamento não se extenda. Enquanto esta deficiência está ocorrendo, porém, é preciso não descuidar do preparo técnico, mesmo que isso gere custos particulares. Erra consigo mesmo quem não treina por “birra” com a polícia. Não é o governador que enfrentará situações de risco nas ruas. Estar apto para o serviço policial é diminuir os riscos de morte durante a atividade.
Uma coisa é querer fazer o mal. Outra é estar em um ambiente onde alguns elementos lhe levam a cometer um mal. Não são raras as ocasiões em que policiais tidos como pacíficos e moderados acabam se deixando levar pelas circunstâncias da ocorrência, se envolvendo com os fatos, e chegam a abusar do uso da força. O controle das emoções é um dos grandes desafios da atividade policial, e deve ser exercitado cotidianamente, sob pena do policial se tornar uma “bomba” a explodir suas emoções sempre que se depara com ocorrências provocativas.
Com todas essas limitações e cuidados que o policial precisa ter, fica claro porque se justifica qualquer reivindicação de valorização e reconhecimento dos profissionais de segurança pública. 

Fonte: Abordagem Policial

domingo, 25 de setembro de 2011

Entregador de pizza é assassinado em praça em Assú

 Foto: Jarbas Rocha

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações de O Câmera e Jarbas Rocha

O Comando de Polícia do município de Assú, situada a 207 de distância de Natal, registrou no início da noite desse domingo (25), mais um crime de homicídio na cidade. Wesley Guilherme Lopes, entregador de pizza, foi executado com vários disparos de arma de fogo ao lado da praça da rua doutor Ernesto da Fonseca.

Segundo informações de populares, a vítima estava atendendo um cliente quando dois homens em uma motocicleta chegaram próximo do jovem, realizaram os disparos e fugiram com destino ignorado.

Wesley Guilherme Lopes morreu no local antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. O corpo foi removido pelo Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep). 
Sabe-se que a vítima já tinha passagem pela Polícia e as investigações ficarão a cargo do Delegado de Assú

"Nossa meta é incluir mil PMs por ano até 2014"

Hudson Helder - Chefe de Reportagem e Fred Carvalho - Editor do TN On Line

Um ano e meio após ter sido reconduzido ao Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o coronel PM Francisco Canindé Araújo faz uma avaliação da situação da segurança pública no Estado, sinaliza para os investimentos na corporação visando a Copa de 2014 e toca em assuntos polêmicos como expulsão de   companheiros de farda e a possibilidade de existirem grupos de extermínio formados por policiais militares.

emanuel amaralCoronel Francisco Canindé Araújo, comandante da Polícia Militar do Rio Grande do NorteCoronel Francisco Canindé Araújo, comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte
Araújo admite que o setor da segurança  atravessa um momento difícil, devido às limitações financeiras do Governo, mas declara que a criatividade se constitui numa maneira eficaz de burlar os percalços. Os investimentos na qualificação profissional é mencionada por ele como importante caminho para a prestação de um serviço eficaz e eficiente.

Sobre a possibilidade de haver relação entre os atentados contra ônibus ocorridos na sexta-feira (16) e células de facções criminosas agindo no RN, o comandante da PM é enfático ao afirmar que as ações incendiárias foram protagonizadas por delinquentes e não participantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como o senhor avalia a segurança pública no Estado?

Hoje temos uma grande vantagem, a integração do sistema de segurança pública. O atual secretario de Segurança Pública [Aldair da Rocha] é profissional de carreira da PF, foi PM em SP e isso ajuda muito porque ele tem um bom relacionamento tanto na PC, na PM, e com  o sistema federal (PF e PRF), ele conhece todas essas instituições. Isso está facilitando as ações e o livre trânsito dele na área Federal em Brasília, até para fazer gestão de recursos.

Como o senhor analisa o policiamento ostensivo, de rua, em Natal e interior do Estado?

Em Natal e Região Metropolitana temos um maior efetivo de policiais distribuídos nos bairros e cidades da região metropolitana. No interior, em alguma cidades, nós temos um efetivo reduzido até pela redistribuição desse efetivo. Mas hoje, por exemplo, Natal e Região  Metropolitana - pela quantidade de demanda de serviço que recebemos   - atendemos a situação. No interior do Estado onde há deficiência, quando há sinalização do aumento da criminalidade, a gente faz operações, manda o pessoal com  diárias operacionais, como aconteceu em Mossoró que nós reforçamos a atividade em Mossoró.

Qual seria a necessidade da Polícia Militar pra suprir essa demanda reprimida de efetivo?

Hoje, temos previsto em lei 13.466 PMs e temos nove mil, seiscentos e poucos policiais.

Coronel, esse deficit de quase 4 mil, como é resolvido?

São cerca de 3 mil. Nós resolvemos com incremento diária operacional. Chamamos os policiais que estão de folga ou os que estão a disposição de órgãos públicos e pagamos a diária operacional, forma de suprir a demanda de serviço com o efetivo que temos.

Isso não acaba gerando um maior custo e desgaste para esse policial?

Para o policial é uma atividade a mais, é um desgaste a mais. Mas, desde que assumimos o comando da corporação, adotamos uma escala de serviço mais humana de trabalho. Por exemplo, os policiais trabalhavam 24 horas de serviço numa viatura, muitas viaturas batiam, era um problema. Hoje o policial de viatura trabalha apenas 12 horas, o que ainda é cansativo, dirigir, ter todos os cuidados. Mas mudamos a escala para quem é e viatura 12 por 24 ou 12 por 48, é uma escala mais humanizada. E quanto ao custo, é um custo temporário para aquela atividade. É claro que vem trabalhar nessas atividades extras já tem saído de serviço, está de folga e vem trabalhar. Mas ainda é melhor do que o policial está de folga e passar a noite toda fazendo um bico. A diária é uma forma do Estado trazer o policial de folga, remunerar e ele está com toda a cobertura do Estado (fardado, equipado). É diferente quando ele está de folga e acontece alguma coisa com ele, o Estado dá total apoio.

Há previsão para chamar os concursados?

Esses que foram concursados e ainda não foram chamados , por decisão judicial, perderam o direito. Eles só poderão se houver outra decisão que mude a situação. Nós estamos pleiteando o concurso para 120 cadetes para fazer o curso de formação de oficiais. Esses que serão os tenentes trabalhando no policiamento ostensivo na Copa do Mundo. E no próximo ano, estaremos pleiteando a inclusão de soldados de ambos os sexos. Inclusive, nossa meta é incluir mil por ano para quando chegarmos em 2014 termos completado o efetivo da PM.

Falando em Copa do Mundo,  como está o trabalho de qualificação dos policiais?

Atualmente, temos uma parte do efetivo que foi treinado e  experimentado nos Jogos Panamericamos, no RJ. Mandando uma equipe nossa e todos eles passaram pela instrução de nivelamento da Força Nacional de Segurança Pública. São em média 600 profissionais. Temos também cursos regulares na instituição como ocorre com 400 sargentos que fazem curso de aperfeiçoamento. São 55 capitães e 55 majores e tenentes-coronéis fazendo curso superior de polícia.  Existe, também, programação e planejamento junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública em cursos ligados a requalificação profissional, idiomas, técnicas policiais.

"O ataque aos ônibus foi vandalismo"

Se falou nesses dias sobre bicos na Polícia Militar. Tem como combater bicos nos policiais militares?

O ser humano sempre ganha um salário, mas sempre quer ganhar um pouco a mais para dar o melhor condições de vida para ele e família. Independente do quantos seja, ele vai querer sempre algo melhor. Quando está de folga, busca trabalhar em outro local. Pela nossa lei, o Estatuto da Pm, diz que ele tem que estar em tempo integral, mas não exclusivo. Então, enquanto ele está em atividade, é integral. E hoje se ele fizer algo lícito, não use a instituição ou equipamento da instituição, ele vai tentar melhorar a situação da família dele, assim como aquele que vai dar aula, uma assessoria ou consultoria.

O senhor falava em trabalho lícito. Nunca se falou tanto em tantas expulsões a policiais militares. São quantos e quais os motivos?.

Eu não diria tantos. Nós expulsamos 53. Eu acho que o que houve foi o seguinte: começamos a receber as denuncias e apurar de imediato, o tempo-resposta do que foi denunciado e o tempo de apresentar o resultado das respostas. muitas vezes havia uma suposição ou notícia crime e se cruzava os braços. Recebemos denúncia: bota no papel, ouve as pessoas, apura com direito a ampla defesa e do contraditório. Não justificou, botamos pra fora, ou punimos, porque tem detenção, prisão ou licenciamento. Então, nesse lapso temporal de um ano e pouco, nós tiramos o cargo público de 53 e já tem outros que  a gente vai colocar pra fora e isso sem ser algo pessoal. Daqueles que nós colocamos pra fora, nenhum deles retornou porque nós fizemos o devido processo legal.

E esse rigor serve tanto para o Praça como Oficial?

Já instauramos conselhos para punir Praças, Oficiais e já tivemos inquéritos e investigações, onde ambos foram presos. Temos um caso em que um oficial foi preso em Macau e responde ao conselho, tivemos em Assu e João Câmara. E instauramos conselhos em que o oficiais foram punidos com sanções de natureza grave.

Como o senhor vê o trabalho da co-irmã, da Polícia Civil?

No tocante a PM, nossa atividade é preservação da ordem pública e contamos com a Civil que é judiciária e de investigação. Hoje, com todas as dificuldades, estamos nas ruas prendendo traficante e deliquentes e também fazendo "o dever de casa" dos policiais que têm desvio de conduta, que nós não toleramos. A Civil cabe a gestão e parte da polícia Judiciária.

Na sua opinião,o "dever de casa"  tá sendo bem feito pela polícia civil?

Na minha parte, da PM, estamos fazendo o dever de casa tanto no cuidado com o público interno quanto no esforço de colocar o máximo de policiais nas ruas para aumentar a sensação  segurança, dentro de nossas limitações de efetivo e equipamentos.

O senhor admite tráfico de influência na PM?

Não admitimos tráfico de influência, quando alguém queira mudar ou influenciar determinada coisa. Eu costumo dizer a alguns policiais, quando quiserem alguma coisa, peça ao seu comandante porque, fora, algumas pessoas se aproveitam. Então, tentamos inibir, reduzir esse tipo de coisa. Muitas vezes há pessoas que querem mandar, mas sempre de forma politizada, educada, coerente, mostramos que não é viável.

O episódio sobre a investigação no MP acerca da promoção do senhor e outros oficiais seria ilegal ou irregular. Já é algo superado?

Certamente, inclusive, a Justiça já se pronunciou sobre esse fato.

No episódio dos ataques aos ônibus, ventilou-se que o PCC estaria em Natal. O senhor acredita nisso ou e só especulação?

O que se falou sobre o PCC e se pichou o ônibus em Parnamirim como sendo o PCC não passou de atos de vandalismo. Claro que pessoas dentro dos presídios ligaram para pessoas que estavam fora e coordenaram esse tipo de coisa. Mas, não é modus operandi de facção criminosa como PCC ateando fogo em veículos. E o mais importante foi a pronta resposta imediata - quando aconteceu a primeira tentativa de incendiar ônibus em Parnamirim -, estávamos juntos eu, o secretário de segurança, o comandante dos Bombeiros, secretário de Justiça e Cidadania, saímos juntos (chamamos os superintendentes das polícias Federal, Rodoviária Federal e delegada Sheila Freitas e delegado Ben-hur Cirino) e fomos para o GGI e lá traçamos uma estratégia. Ouvimos o pessoal da Inteligência e após análise, achamos conveniente pedirmos ao Juiz Federal a transferência de 16 pessoas. O juiz foi solicito, entendeu a necessidade e determinou. Na mesma noite determinamos o Bope e BPChoque para entrar no presídio e levar para o Presídio Federal em Mossoró. A ação foi desencadeada de imediato e surtiu efeito porque sustou a ação desses delinqüentes.

Como o senhor vê o trabalho do Judiciário, uma vez que não basta prender. É preciso que o Estado dê uma resposta mediante prisão.

Na verdade, não é o Judiciário. Ele é eficaz e eficiente. A questão é que as leis são muito brandas. E os juízes cumprem a lei. E há falhas nela.

sábado, 24 de setembro de 2011

Operação "Sertão Seguro" apreende armas e prende acusados de crimes em Janduis

  
 
 
Foi desencadeado desde as 4hs da manhã de hoje (24), a operação "Sertão Seguro" na cidade de Janduís/RN, uma mega operação policial que está sendo comandada pelo delegado chefe da Polícia Civil do Interior (DPCIN),  Dr. José Carlos e pelo comandante da Polícia Militar de Apodi/RN Capitão Brilhante.

Um trabalho em conjunto entre as polícias Civil e Militar que já apresentam resultados positivos, até o presente momento já foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, três pessoas presas, apreensão de duas armas de fogo, duas motocicletas adulteradas foram localizadas e apreendidas, como também uma certa quantidade de droga (cocaína).

Participam da operação a Polícia Civil, Os grupos táticos operacionais de Apodi, Campo Grande e Patú, além do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Esse é mais um trabalho contínuo que tem por objetivo garantir uma maior segurança a população da região oeste do estado do Rio Grande do Norte.

Fonte: Sentinelas do Apodi/RN