Policial: a profissão mais estressante do mundo. Para defender a população, ele pode morrer em combate a qualquer momento. Não custa lembrar. Para defender você e sua família, ele pode ter que se despedir da dele.
Nunca se sabe que ocorrência os rádios anunciarão. Talvez um caso simples de pega de carros, talvez um assalto a banco comandado por quadrilhas armadas até os dentes. Policial não prepara aula nem tem o roteiro do dia: tem que estar pronto pra tudo.
O nível de resistência emocional deste profissional ou é muito alto, ou nada feito. Tem de ser “casca grossa” o suficiente pra suportar a pressão de alvejar um meliante, mesmo com o refém se debatendo à frente do alvo. É o tipo de experiência profissional que 98% das pessoas não fazem questão nenhuma de ter.
Porém, mesmo sob a alcunha de “durão”, não é tão difícil abalar o espírito do policial: além dos baixos salários, a INGRATIDÃO da população já é suficiente para tanto.
Para o absurdo geral, na mídia, nas carochinhas universitárias, e até por parte algumas vertentes da classe artística brasileira, o policial foi pintado como… vilão – a figura horrenda do “opressor”.
O povo culpa a polícia pela insegurança; culpa a polícia pela violência; culpa a polícia até mesmo quando o bandido é solto pela justiça; e acusa a polícia de agir com força excessiva e desnecessária contra o “cidadão”. Basta um spray de pimenta na cara de um estudante mascarado e pronto: o homem fardado é satanizado imediatamente.
Nenhum ofício é constituído apenas por profissionais exemplares; onde houver trigo, haverá também o joio. Na polícia não é diferente. Imagine se a categoria dos professores, por exemplo, fosse pagar a conta dos professores ruins? Não sobraria pedra sobre pedra. E o que dizer dos políticos, a quem a presidente Dilma parece dar o aval do “direito à corrupção”, tratando quadrilheiros como “heróis da pátria”? É exatamente isso que acontece quando a mesma lógica é transferida ao policiais.
Com exceção dos tão criticados programas policialescos, como Datena, Marcelo Rezende e CIA, que, apesar de toda superficialidade, tratam os policiais como profissão valorosa que de fato é, o restante do noticiário parece culpar toda uma instituição legítima e preciosa, em função dos erros de alguns de seus representantes, que jamais, pela lógica mais primordial, poderiam falar pelo todo. Quando um policial morre, não se vê uma nota de rodapé nem em fanzine. O pessoal dos “direitos humanos” segue fazendo cooper na lagoa, a espera do próximo bandido amarrado ao poste. Não bastasse estar morto, o policial também está censurado.
É um linchamento moral sem precedentes.
Mas o que ou quem promove esta lamentável cultura brasileira de desrespeito, ridicularização e achincalhamento das forças policiais? E para quê?
Existem 3 conjecturas possíveis:
1. ou é o próprio cidadão que, ao invés de culpar os próprios bandidos ou o sistema que os alimentou, associa falsamente a “existência” do marginal e do “extermínio nas periferias” a uma eventual inoperância da diligência – isto quando não trata o bandido como herói ou vítima.
2. ou o próprio cidadão acredita que “policiais corruptos e violentos” representam TODA a instituição – o que seria uma impossibilidade lógica, dado que, se o cidadão pensasse assim, jamais ele confiaria em ligar para o 190 quando precisa;
3. Ou uma última hipótese: a de que existe alguém articulando a coisa toda, alguém interessado em fabricar uma falsa divisão entre “opressor e oprimido”, dentro de dois grupos (os civis X os policiais) que deveriam, obviamente, ser aliados e cooperar entre si. Alguém interessado em forjar o tradicional eleitorado de “revoltados”, dos “revolucionários”, dos “anti-burgueses”. E esses interessados tem endereço certo: a sede do PT e dos partidos socialistas.
A coisa toda acontece por uma lógica nefasta, cuja compreensão pode ser a chave para resolução da inimizade que se instalou entre população e polícia. Explico a seguir.
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A estratégia de poder dos líderes socialistas é simples: DIVIDIR PARA CONQUISTAR. Quando se fratura internamente e artificialmente uma nação em grupelhos antagônicos, tais como “civis X policiais”, “brancos X negros”, “gays X heteros”, “povo X elite”, “mulheres X homens”, “pais X filhos”, “religiosos X ateus” ou “sóbrios X maconheiros”, o indivíduo, em total estado de perplexidade, vê-se constrangido a escolher um dos lados, e a brigar com quem antes não brigava, por motivos que não lhe parecem de todo consistentes. Problemas que poderiam ser resolvidos pacificamente, ou que tem sua causa em agentes terceiros, externos à polarização forçada, são ampliados a nível da completa histeria de “um contra um”, e tornam-se uma bandeira de luta desesperada dos que são instigados a se sentirem “injustiçados”.
Neste universo construído na base da “lutas de classes”, o socialista opta por considerar uma delas como a “oprimida” (civis) enquanto a outra é supostamente a “opressora” (policiais). Assumindo a radical defesa do suposto “oprimido” (civis), os socialistas estimulam o sentimento de culpa no suposto “opressor”, que, por ignorar a estratégia política que está por trás da contenda, cede emocionalmente à chantagem do grupo mais histérico, e passa a se penitenciar por algo que de fato ele não sabe ao certo se cometeu. O policial se sente culpado por algo que não compreende, e até que se dê conta da fraude, os votos já foram depositados nos políticos que se oferecem como solução da “armadilha” criada por eles mesmos – e a conquista de poder está consumada.
Desta forma, os socialistas apoderam-se do monopólio da “defesa dos oprimidos”, e mesmo que você se sinta bem-resolvido e auto-responsável pela sua vida, e que não culpe um suposto “opressor” em sua consciência por nada que lhe acontece, ainda assim a repetição do discurso “coitadista” e a pressão exercida pela “classe” que diz representá-lo podem raptar consciências na ratoeira do “companheiro de luta”. Nem sempre a estratégia funciona, e para um mínimo consolo, vê-se muitos civis que defendem a polícia, assim como, por exemplo, vê-se muitos negros que não concordam com as cotas raciais (https://www.youtube.com/watch?v=qAQneXfkZFk).
Especificamente um líder socialista, quando culpa a polícia “genericamente” por um abuso de autoridade ou pelo sumiço do Amarildo, por exemplo – ao invés de cobrar especificamente do grupo de policiais que cometeu o crime, sem difamar a corporação toda –, ele não está exatamente preocupado com o sofrimento da família do Amarildo. O objetivo é que você, eleitor, comovido com a situação, ACUMULE SENTIMENTOS DE ÓDIO CONTRA A CORPORAÇÃO POLICIAL E A LEI, e que se torne adversário da instituição que o protege. Pronto: você se torna o eleitor revoltado em favor das “minorias oprimidas”, que vai votar no candidato com o mesmo discurso em favor das minorias oprimidas – não importando a reflexão sobre se esta suposta divisão tem sentido ou não. O senso de comunidade, de diálogo, de bem-comum e de pátria se desintegram imediatamente.
E isto segue 8 objetivos claros em ciência política socialista:
1) Fazer você se sentir desprotegido e encontrar apoio apenas naquele grupo que retoricamente o “defende” da polícia. O cidadão iludido corre magicamente para os braços do partidão. É assim que os socialistas seduzem eleitores;
2) Confundir o senso de moralidade da população, que passa a não distinguir muito bem o mocinho do bandido, e começa com isso a perder o senso de hierarquia de valores e de diferença entre bem e mal. Quando se confunde o senso de moralidade de um povo, ele fica mais propício à corrupção, ao relativismo moral, e, portanto, propenso a desdenhar também a corrupção de seus próprios governantes. É assim que os socialistas alienam eleitores.
3) Incentivar você a se revoltar contra as instituições estabelecidas, e a começar a agir fora da lei, como uma espécie de vingança contra o Estado. O ódio que você passa a fomentar contra a polícia se transforma em retaliação, como no caso dos balck blocs do PSOL. VOCÊ COMEÇA A SE SENTIR excluído, FORA DO SISTEMA, MARGINALIZADO, e por fim, parte para cometer crimes também. E quanto mais excluído você se sentir, maior a chance de você votar nos partidos que se dizem “protetores dos excluídos”.
4) Baixar o moral do policial, para que ele desacredite na própria profissão, e, se sentindo desvalorizado, comece a agir da forma que lhe “der na telha”. E já que nem mesmo o povo a quem ele defende o valoriza, então o policial (alguns deles) passa a ceder também à corrupção, ao desleixo e ao abuso de poder para obter vantagens.
5) Estimular a compaixão pelo bandido, cuja imagem passa a ser vendida à sociedade com o verniz de “vítima pobre e negra”. O imenso eleitorado “pobre” e “negro” então se sensibiliza, e rapidamente garante o voto a seus “defensores”. Para completar, a sociedade se culpa pelo problema e passa a bajular o criminoso ao invés de puni-lo com severidade. A partir daí, gera-se uma cultura de “não-responsabilização” pessoal, e leis importantes, como os Direitos Humanos, são lamentavelmente instrumentalizadas para criminalizar a opinião de opositores.
6) Facilitar a associação dos organismos Estatais com organizações criminosas, para a formação de máfias que aliam o poder oficial com o poder paralelo, como comprova a associação para troca de vantagens mútuas mantida entre PT e os narcotraficantes da FARC, no Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel.
7) Manter a sociedade em permanente estado de crise, engasgada de crimes e conflitos, o que vai fazer com que ela mesma solicite maior controle e poder do Estado sobre o cidadão, maior número de regulamentações, inclusive sobre seus mínimos hábitos, palavras e pensamentos, caso sejam consideradas “discurso de ódio”. É assim que eles iniciam a criminalização de pensamento e a censura de opinião. É claro que o Estado utilizará tal instrumento para calar, não a sua própria opinião, mas a dos opositores.
8) Fomentar uma opinião pública favorável que endosse, contra uma suposta polícia de “lógica repressora e violenta”, a tomada de medidas radicais, como a proposta da Desmilitarização da Polícia Militar, que imediatamente amputaria metade das Forças Armadas (já que a PM é subordinada das Forças armadas), e deixaria o poder de polícia nas mãos do governo – assim como aconteceu na Venezuela. Sem a concorrência das Forças Armadas ao Estado, assinamos um passaporte para uma ditadura de tempo indeterminado.
A coisa é de uma sordidez indescritível, que adoece o país e eterniza o problema num ciclo vicioso de conflitos sociais estrategicamente forjado, e que se retroalimenta a cada nova instigação de “luta de classes” . Não é a toa que Lênin recomenda aos “companheiros”, em sua obra “O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo”, o seguinte: “Devemos recorrer a todo tipo de estratagemas, manobras, métodos ilegais, disfarces e subterfúgios”. Como dizia Shakespeare, “por trás da loucura existe um método”.
Um governo socialista fica naturalmente inviabilizado de administrar seriamente qualquer país (o que a história, aliás, comprova), porque, se consolidar a ordem estabelecida, o Estado de direito, formação educacional e democracia plena, perde o seu próprio eleitorado. Sua permanência no poder está condicionada à estimulação da cultura do “ódio e da suspeita generalizados” (https://www.youtube.com/watch?v=jn2cb8YmAl8). Não se pode votar em gente cujo combustível de sobrevivência política é a própria injustiça que diz combater. É do interesse deles realimentar o ciclo que coloca civis e policiais em processo de inimizade constante, pois quanto mais desunida a população, maior é a legitimidade que se dá ao estado de interferir no controle das massas e da vida privada.
Insistir neste modelo de governo só continuará instilando a inversão de valores generalizada numa população “kamikazi” que se volta contra seus principais aliados, convencida de que a solução mágica da tragédia brasileira pode se resumir no estranho lema: “ÓDIO AOS HERÓIS, AMOR AO ALGOZ”.
Fonte: Blog RESISTÊNCIA TERESINA