sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PROMOTORES DE JUSTIÇA DIVULGAM NOTA CRITICANDO GOVERNADOR DO ESTADO

Nós, Promotores de Justiça com atuação na área criminal, assistimos ontem constrangidos a notícia de demissão do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte - PMRN, Coronel Ângelo. A demissão, para dizer o mínimo, foi deselegante.
Vimos, mais uma vez, a PMRN, na figura do seu Comandante Geral, ser eleita como bode expiatório do fracasso das políticas governamentais na área de Segurança Pública, justamente a PM que é a instituição que ainda consegue, com toda dificuldade, prestar algum serviço à segurança publica potiguar.
A atual política de segurança do Governo Robinson Farias tem procurado a todo custo isolar e apequenar a Polícia Militar, tudo em nome de uma hegemonia bacharelesca na política da segurança pública, onde alguns sem nenhum trabalho relevante no exercício profissional, ditam unilateralmente a gestão do sistema.
O Governo atual é sem dúvida o PIOR dos últimos tempos em matéria de Segurança Pública. Conseguiu enfraquecer ainda mais a PM e, para piorar, perdeu totalmente o controle do Sistema Penitenciário - SISPEN, despejando nas ruas bandidos de alta periculosidade, retroalimentando assim a criminalidade.
A PM, o MP ou mesmo o Judiciário são incapazes de dar conta da segurança pública se o SISPEN não conseguir sequer manter os atuais presos encarcerados.
Não há planejamento claro, não há projetos, não há metas e tarefas transparentes para serem cobradas e, sobretudo, não há disposição para enfrentar os vícios do sistema. Tem-se, por exemplo, uma Polícia Civil com centenas de novos profissionais, nomeados nos últimos 02 anos, porém com o mesmo grau de ineficiência, dada sobretudo a falta de impessoalidade na gestão de pessoal, de controle de resultados, de comando, sem treinamento adequado, sem doutrina inicial e muitas das vezes sem boas referências profissionais. Por tudo isso, a Polícia Civil tem se mostrado uma instituição deficiente e incapaz de combater a macrocriminalidade, o que tem sobrecarregado a Polícia Militar. O pouco que vemos de trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil é fruto do esforço pessoal de algum delegado ou de uma equipe, e não de uma postura da instituição de busca por resultados.
Também, não é para menos. O próprio Delegado-Geral é réu em ação de improbidade emblemática, que expressa a velha prática do compadrio e da ausência de impessoalidade na gestão Robinson Farias.

Deixamos aqui, portanto, nossa solidariedade à PMRN, instituição que, no dia de ontem, foi mais uma vez ultrajada pela política clientelista do Governo Robinson Faria na segurança pública.
Fausto F. de França Júnior
Promotor de Justiça

Sílvio Ricardo G. De Andrade Brito
Promotor de Justiça

Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida
Promotor de Justiça

Márcio Cardoso Santos
Promotor de Justiça

TENENTE CORONEL FERNANDES SE DIZ INDIGNADO COM PARCIALIDADE DO GOVERNADOR EM CULPAR A PM PELA ONDA DE VIOLÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE

Tenente Coronel Fernandes

Venho a público externar minha indignação perante a decisão parcial e equivocada do Senhor Robinson Faria, governador do RN, na pasta da segurança pública. Ora, se quer mostrar verdadeiramente ao povo norteriograndense que é de fato o governador da Segurança Pública, que faça, então, a mudança de toda a cúpula da referida pasta.
Exonerar apenas o nosso Comandante Geral e não mudar o Delegado Geral nem tampouco a Secretária de Segurança Pública, não foi nem um pouco imparcial de sua parte, governador. E, pior, dizer que a gloriosa Polícia Militar não acompanhou a violência, imputando-lhe, injustamente, toda a culpa pelo caos em que vivemos, sem reconhecer que o sistema de segurança pública é uma engrenagem, na qual a PM é mais uma peça desse todo, que só funciona bem se todos os entes evolvidos cumprirem metas e mostrarem resultados, coisa que a PM vem fazendo, como sempre fez, mostrando resultados, todo santo dia, carregando a segurança pública nas costas, prendendo dezenas e mais dezenas de infratores, e apreendendo, igualmente, centenas de armas de fogo, e recuperando inúmeros veículos roubados, e retirando de circulação significativas quantidades de drogas, sobretudo de crack, a droga da morte, e salvando, enfim, incontáveis vidas no trânsito de Natal e de todo o estado elefante, convenhamos, governador, pegou mal pro senhor. Vossa Excelência errou feio, errou rude.
A população esperava uma grande mudança digna do homem que prometeu ser o governador da segurança pública. E eis que o senhor Robinson Faria, mal assessorado, só pode, cria um bode expiatório, sobre quem recai, injustamente, todo o fracasso das políticas de segurança pública do seu governo; como se a completa falência do sistema penitenciário do RN não fosse um dos principais geradores dos altos índices de criminalidade, atualmente; como se o déficit existente hoje de cinco mil policiais militares não fizesse a menor falta nas fileiras da gloriosa Polícia Militar do RN; como se, para ilustrar apenas um exemplo, somente três viaturas da PM (isso mesmo, somente três!) fossem suficientes para fazer a segurança de toda a zona norte de Natal, quando, em 2010, há seis anos, contávamos com catorze veículos patrulhando a zona norte.
Me solidarizo, neste momento, com o nosso Comandante, o Coronel Ângelo, homem digno, honrado, profissional dedicado, cujo comando sempre esteve pautado na ética, no equilíbrio e no diálogo. Além de excelente oficial, o Coronel Ângelo é historiador, protagonista da compilação de toda a História da PM-RN. Não merecia passar por tamanha injustiça. Não merecíamos! Igualmente, me solidarizo com todos os praças e oficiais, os quais, mesmo diante das inúmeras adversidades aqui já elencadas, continuam trabalhando, diuturnamente, para salvaguardar a sociedade potiguar, mesmo com o risco a própria vida.
Por fim, sugiro ao senhor governador que termine a mudança que começou, para ficar menos feio na fita com a polícia e, principalmente, com o povo, que não aguenta mais promessas não cumpridas. Substitua, portanto, a Secretária de segurança pública por alguém externo às polícias militar e civil, bem como crie duas subsecretarias de segurança pública, cujos subsecretários serão um Coronel fechado e um Delegado especial, para que haja equilíbrio. Não questiono aqui a competência da Sra Delegada a Dra Kalina Leite. Mas do que jeito que está a balança do bônus só pende para um lado; a sardinha só é puxada para a brasa de uma instituição, no caso, a Polícia Civil. Para a PM, coitada, com centenas de promoções atrasadas, só restou-lhe o ônus. E a culpa de toda a insegurança do estado. Até quando a Polícia Civil será blindada, Senhora Secretária? Até quando a PC vai se eximir da responsabilidade, da parte que lhe cabe neste latifúndio? Aguardemos cenas dos próximos capítulos. Por enquanto, só observo.
Tenente Coronel PM Fernandes

Trxto retirado do Facbook

MUDANÇA DE COMANDO: Quando a culpa passou a ser da PM

Por Glaucia Paiva
O dia foi de expectativa para os policiais militares do RN.  Tudo começou quando o Governador do Estado,  Robinson Faria, anunciou em uma entrevista a uma emissora local que haveria mudanças na cúpula da Segurança Pública do Estado.
Oficiais,  delegados e autoridades da Segurança Pública do Estado foram convocados para uma reunião às portas fechadas com o Governador. Foram mais de três horas de reunião, onde o Governador anunciou a saída unicamente do Comandante Geral da Polícia Militar do RN,  Coronel Ângelo,  como forma de solucionar o problema da insegurança do Estado.
Já afirmam alguns que a troca de sujeitos em cargos de comando é atitude estratégica a medida que transfere-se uma responsabilidade de tudo que aconteceu para quem está saindo.  A culpa da insegurança,  no caso,  já não seria da gestão do Governo,  mas do Comando que não teria respondido a altura das expectativas.
Na fala do Governador,  não basta ser honesto e de boa vontade.  De fato,  pode o Comandante ter toda a boa vontade do mundo,  mas se não houver investimentos a “Insegurança Pública” continuará.
Incrivelmente as mudanças que seriam anunciadas pelo Governador na tentativa de amenizar o caos da Segurança Pública que ele mesmo criou,  restringiu-se ao Comando da PM.  Ainda não há a confirmação do nome do novo Comandante Geral. Apenas cogita-se na “Rádio Praça” que o Coronel PM Dancleiton,  atual Subcomandante da PM, assumiria a função.
Com todo respeito ao Coronel Dancleiton e a qualquer outro que assumir o cargo de Comandante Geral da PM,  nada irá mudar se não houver investimentos,  valorização e efetivo.  Hoje, a zona Norte da cidade conta com três viaturas para patrulhar uma infinidade de bairros. Viaturas no 5° BPM estão baixadas por falta de efetivo. Nos primeiros 15 dias do mês de janeiro,  a PM já havia perdido 21 policiais militares por transferências para a reserva ou por licenciamento a pedido.
A mudança de um simples personagem não trará a segurança esperada pela população.  A Polícia Militar hoje já faz o impossível.  Policiais empurram viaturas para continuar um trabalho e tentar proporcionar uma maior segurança à população que há tempos sente na pele o medo de andar nas ruas.
A culpa pela insegurança talvez seja da PM a medida que passa por cima de princípios básicos de segurança pessoal e vai atender um chamado de um cidadão. Quando mesmo sem estrutura, o policial vai a uma ocorrência de assalto a agências dos correios ou de um banco. Talvez seja culpa da PM a insegurança do Estado,  quando a cada dia o efetivo vem diminuindo e os poucos que restam às ruas cumprem o juramento que fez ao ingressar na instituição: servir e proteger mesmo com o risco da própria vida.
Ao novo Comandante Geral,  boa sorte,  pois a luta é verdadeiramente árdua.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

POLICIAIS MILITARES DO RIO GRANDE DO NORTE PODEM PARAR A QUALQUER MOMENTO SE O GOVERNO NÃO CUMPRIR A LEI


Uma reunião de urgência foi convocada pelo governador Robinson Faria com auxiliares próximos e conselheiros de sua irrestrita confiança.

Equipe de comunicação também presente. Além do marketing. 
Cartas sobre a mesa....VAMOS AGUARDAR.

NOTA DE UM PM/RN

Todos têm constatado a grande quantidade de mensagens e notas que foram emanadas nos últimos dias correlatas às nossas tão aguardadas PROMOÇÕES.
Gostaria de lembrar que tudo estava 'travado' e que bastou a categoria anunciar que se reuniria na porta do Governo, dia 11, que as coisas 'começaram a andar'.
Relembro aqui a frase de um colega 'Somos um elefante preso a um pé de coentro'. O grande medo governamental é o de que a categoria, por meio dessas movimentações reiteradas, compreenda o poder que a união lhe proporciona.
Não nos acomodemos! Não queremos notas e sim PROMOÇÕES.
Nosso encontro está mantido:
DIA 11 de JANEIRO, às 09h, em frente à Governadoria.
Por mais respeito e dignidade. Vamos TODOS à luta!