Carta à População e as Autoridades de Segurança Pública
Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares –
CNCG-PM/CBM
CARTA DE SÃO PAULO
DECLARAÇÃO AO POVO BRASILEIRO E, EM ESPECIAL, ÀS AUTORIDADES
RESPONSÁVEIS PELA SEGURANÇA PÚBLICA DO PAÍS
JULHO DE 2012
Os Comandantes Gerais das
Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, reunidos no
56º ENCONTRO NACIONAL DE COMANDANTES GERAIS E 2º REUNIÃO ORDINÁRIA DO ANO DE
2012, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, representando cerca de
seiscentos mil militares dos Estados, deliberaram, por unanimidade, e vêm a
público declarar e apresentar as questões primordiais que contribuem para o
fiel cumprimento das atribuições constitucionais de polícia ostensiva, de
preservação da ordem pública e execução das atividades de bombeiros e de defesa
civil, com o objetivo de servir cada vez melhor aos cidadãos e proteger a
sociedade:
1. Contestar, publicamente, as
críticas sem fundamento que têm sido dirigidas Polícia Militar de São Paulo.
Uma instituição com mais de 180 anos de existência, com cerca de 100 mil
integrantes, que atende anualmente algo em torno de 43 milhões de chamadas e
realiza 12 milhões de abordagens em pessoas, não pode ser avaliada e criticada por
atos tidos por isolados e episódicos. A Polícia Militar de São Paulo representa
para as demais Polícias Militares exemplo de organização e qualidade de
serviços prestados, atestados pela vertiginosa queda dos índices de homicídio
no Estado de São Paulo, o melhor em quatro décadas, bem como por sua
intransigência com a ilegalidade quando praticada por seus integrantes.
Críticas, num estado democrático de direito, são um importante instrumento de
melhora dos serviços prestados pelo governo, mas, se infundadas e
generalizadas, contribuem para o seu descrédito e afetam a qualidade destes
serviços.
2. Expressar a preocupação com a
forma como estão sendo conduzidos, no anteprojeto de reforma de Código Penal
apresentado ao Senado Federal, temas que,l sem a participação dos órgãos
encarregados da aplicação da lei, se prosperarem, como ora propostos, dentro de
um eventual futuro processo legislativo, certamente impactarão negativamente no
controle da criminalidade e da violência, pelo viés da mera descriminalização
sem apresentação de políticas públicas que tragam alternativas estruturantes.
3. Declarar que o Conselho
Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares está mobilizado para que reformas que impactem a segurança pública
sejam promovidas com sua efetiva participação, de maneira que não produzam
efeito contrário ao desejado pela sociedade brasileira.
4. Por fim, renovar o seu
compromisso institucional de colaborar para que as Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares do Brasil, por seus integrantes, possam contribuir cada
vez mais para o aperfeiçoamento da segurança pública do país.
São Paulo, 24 de julho de 2012
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