domingo, 22 de julho de 2012

Delegado chama PM de “cachorro analfabeto” em Currais Novos




Por Cézar Alves, via Jornal De Fato


O que poderia ser resolvido entre parceiros de trabalho em prol da segurança, terminou na Justiça. A queda de braço é entre Associação dos Praças de Polícia e Bombeiros Militares do Seridó (APBMS) e o delegado Luiz Antônio da Silva Filho.

O palco do atrito é a cidade de Currais Novos. O delegado Luiz Antônio tomou conhecimento que o Cabo PM Josemar Andrade, conhecido por De Andrade, estava sem farda conversando com amigos usando uma arma e o abordou para prendê-lo por porte ilegal de armas.

Na abordagem, testemunhada por um advogado e companheiros de farda, De Andrade disse que comunicou ao delegado que tinha porte de arma, momento em que o delegado respondeu: “Quem já viu analfabeto ter porte de arma”.

O cabo De Andrade insistiu que tinha porte de arma e exigiria seus direitos, especialmente porque os conhece, pois é aluno do Curso de Direito. Aí o delegado, conforme relata De Andrade, respondeu com grosseria: “fique calado seu cachorro”.

APBMS disse que “tal fato deixa a categoria policial bastante decepcionada e constrangida com tal autoridade policial, e de imediato, deixamos claro, que nem os que estão as margens da lei, devem ser tratados com tais despautérios proporcionados pelo delegado Luiz Antônio”.

Em resposta, a APBMS ingressou com ação criminal contra o delegado Luiz Antônio na tarde desta sexta-feira, dia 20 de julho, no Fórum Municipal de Currais Novos. “A ação é a reposta que a entidade junto com o sócio proporciona a quem se acha acima da Lei”, explicou o coordenador jurídico da APBMS, o soldado Aderlan Medeiros.

Aderlan Medeiros disse que vai acompanhar todo o processo movido pelo cabo PM De Andrade na justiça contra o delegado Luiz Antônio. “Estaremos juntos até o fim, e que anos de trabalho proporcionados a Sociedade, não podem ser esquecidos por possíveis subjetivismos que o delegado Luiz Antônio da Silva Filho tenha contra qualquer policial”.

“Aos sócios, a mensagem é que vocês não estão sós, estamos atentos. A luta é com o policial, e não pelo policial”, finaliza a APBMS, em nota.

O Defato.com tentou um contato com o delegado Luiz Antônio, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para os devidos esclarecimentos a respeito do caso.

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