Por Cézar Alves, via Jornal De
Fato
O que poderia ser resolvido entre
parceiros de trabalho em prol da segurança, terminou na Justiça. A queda de
braço é entre Associação dos Praças de Polícia e Bombeiros Militares do Seridó
(APBMS) e o delegado Luiz Antônio da Silva Filho.
O palco do atrito é a cidade de
Currais Novos. O delegado Luiz Antônio tomou conhecimento que o Cabo PM Josemar
Andrade, conhecido por De Andrade, estava sem farda conversando com amigos
usando uma arma e o abordou para prendê-lo por porte ilegal de armas.
Na abordagem, testemunhada por um
advogado e companheiros de farda, De Andrade disse que comunicou ao delegado
que tinha porte de arma, momento em que o delegado respondeu: “Quem já viu
analfabeto ter porte de arma”.
O cabo De Andrade insistiu que
tinha porte de arma e exigiria seus direitos, especialmente porque os conhece,
pois é aluno do Curso de Direito. Aí o delegado, conforme relata De Andrade, respondeu
com grosseria: “fique calado seu cachorro”.
APBMS disse que “tal fato deixa a
categoria policial bastante decepcionada e constrangida com tal autoridade
policial, e de imediato, deixamos claro, que nem os que estão as margens da
lei, devem ser tratados com tais despautérios proporcionados pelo delegado Luiz
Antônio”.
Em resposta, a APBMS ingressou
com ação criminal contra o delegado Luiz Antônio na tarde desta sexta-feira,
dia 20 de julho, no Fórum Municipal de Currais Novos. “A ação é a reposta que a
entidade junto com o sócio proporciona a quem se acha acima da Lei”, explicou o
coordenador jurídico da APBMS, o soldado Aderlan Medeiros.
Aderlan Medeiros disse que vai
acompanhar todo o processo movido pelo cabo PM De Andrade na justiça contra o
delegado Luiz Antônio. “Estaremos juntos até o fim, e que anos de trabalho
proporcionados a Sociedade, não podem ser esquecidos por possíveis
subjetivismos que o delegado Luiz Antônio da Silva Filho tenha contra qualquer
policial”.
“Aos sócios, a mensagem é que
vocês não estão sós, estamos atentos. A luta é com o policial, e não pelo
policial”, finaliza a APBMS, em nota.
O Defato.com tentou um contato
com o delegado Luiz Antônio, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para
os devidos esclarecimentos a respeito do caso.
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