sábado, 19 de março de 2011

Desembargadora manda prender juiz por desordem

O juiz Franki Fernandes Coriolano, que trabalha na Sexta Vara da Família de Natal, foi preso na quinta-feira passada após efetuar disparos em via pública na cidade de Luís Gomes, distante 200 km de Mossoró. O magistrado foi preso por força de um mandado do Tribunal de Justiça.

adriano abreuApós denúncias da população de Luís Gomes, presidente do Tribunal de Justiça, Judite Nunes, expediu mandado de prisão preventivaApós denúncias da população de Luís Gomes, presidente do Tribunal de Justiça, Judite Nunes, expediu mandado de prisão preventiva
De acordo com o delegado regional de Pau dos Ferros, Inácio Rodrigues de Lima, que responde também pela Polícia Civil em Luís Gomes, a prisão do juiz foi feita após denúncias feitas por moradores da cidade. O magistrado, que trabalha em Natal, estava de férias em Luís Gomes.

As denúncias começaram durante o Carnaval, segundo Inácio Rodrigues. Antes da operação realizada na quinta-feira passada, as polícias Civil e Militar da região já tinham tentado prender o juiz. “Tentamos ouvir testemunhas, mas ninguém queria falar sobre o caso”, fala Inácio.

Após essa primeira tentativa, as denúncias continuaram. A informação que chegava à polícia é que o juiz passava o dia bebendo e costumava efetuar disparos, alguns de dentro do sítio e outros em via pública. Na quinta-feira, novos disparos foram efetuados em um bar da cidade.

Porém, dessa vez, a polícia já estava de posse de um mandado de prisão preventiva decretado pela desembargadora Judite Nunes, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a segunda instância judicial. Com a ordem judicial, os policiais voltaram novamente à cidade.

Ainda segundo Inácio Rodrigues, o juiz ainda relutou em se entregar ao ser informado sobre o mandado judicial, mas acabou cedendo e foi preso. No sítio, ainda foram apreendidas algumas armas de cano longo, além da arma de pequeno porte que foi usada nos disparos da via pública.

Por se tratar de um juiz, ele ficará preso no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal, aguardando decisão posterior dos desembargadores do Rio Grande do Norte. A presidente do TJ irá decidir qual a punição do colega após reunião na próxima segunda-feira.
 
Fonte: Tribuna do Norte

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