quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O ÚLTIMO JUGAMENTO DE UM POLICIAL




O policial apresenta-se diante de Deus, pronto para a última inspeção pela qual teria que passar.
 
Disse Deus:

- Um passo a frente, policial, como deverei julgá-lo? Fostes fiel à igreja? Destes o outro lado de sua face àquele que te ofendeste? Abençoastes teu irmão?

O policial, na posição de sentido, respondeu:

- Não, Senhor! Nós policiais nem sempre podemos exteriorizar nossos sentimentos. Na maioria do domingos estive cumprindo alguma escala e, por isso, não pude ir à igreja; muitas vezes afastei-me também de minha família. Algumas vezes precisei ser duro e até mesmo violento, mas entenda, Senhor, meu mundo é muito difícil, melindroso. Nunca peguei um tostão que por direito não fosse meu. Chorei por problemas que não eram meus e por pessoas que sequer me conheciam, mas o choro foi de emoção e de gratidão, pois queria um mundo melhor para todos, sem distinção. Senhor Deus, és Pai, e sei que me perdoas. Reconheço que não mereço estar na Sua glória, pois errei muito, mas se tiveres um lugar para mim, agradeço de coração. Luxo não preciso, não. E, caso não haja lugar para mim, saberei entender Sua vontade. Antes de Sua decisão, amado Deus, rogo para que vigies com carinho e cuidado aqueles que lá deixei, pois são pessoas que amo e que não mais poderei proteger.

Um silêncio paira no ar.

O policial, resignado, prostra-se aguardando o veredicto do Senhor, que diz:

- Teu corpo me serviu de alma e coração… amor, sentimento e dedicação. Fostes escudo para o teu próximo. Viveu em prol da vida. Portanto, vá e anda em paz pelo paraíso. O inferno já foi tua missão.

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