sábado, 24 de setembro de 2011

Polícia Civil apreende droga, armas e prende cinco acusados de tráfico

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações da Sesed
 
 (Divulgação/Sesed)
 

A 1ª. Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim prendeu no final da tarde desta sexta-feira (23) cinco acusados de tráfico de drogas, apreendeu cerca de seis quilos de maconha, duas balanças de precisão, uma pistola, três facas, além de 34 cápsulas calibre 380. O flagrante aconteceu após um mês de investigação, nas proximidades do bairro de Liberdade, num local conhecido como “Gruta”.

Paulo César Trajano Diniz, 35 anos, conhecido como “Mamoa”, é apontado pelos policiais como o dono da boca de fumo. Diariamente, de acordo com a investigação, ele vendia maconha naquele ponto. Ao ser abordado, o acusado reagiu à prisão, chegou a se agarrar em um agente de Polícia Civil e só foi detido após ser baleado na perna esquerda. Os outros presos são: Osivan Santos Miranda, 24 anos, conhecido como “Natural”; Heloilson Wagner Nascimento dos Santos, 18 anos; Ewerton Maurício de Carvalho, 18 anos e Alberto Santos de Souza, 32 anos, o “Boca”.

O delegado Graciliano Lordão disse que o empenho dos policiais civis, que trabalharam nas madrugadas, em finais de semana, acompanhando a intensa movimentação na “Gruta”, resultou nas prisões e apreensões. “O homem apontado como o chefe, Mamoa, era procurado há mais de três anos. A área onde ele comandava o tráfico fica no meio de um matagal, onde o acesso era muito conhecido por traficantes e usuários de drogas. Nossa equipe filmou em diversos momentos e temos imagens de muitas pessoas envolvidas no crime. Apreendemos até o balde plástico que eles usavam para guardar a droga e uma espécie de porrete usado para bater nas facas e cortar os tabletes de maconha”, disse.

A “Gruta” fica nas proximidades também do bairro de Cajupiranga, por onde muitos envolvidos no tráfico de drogas seguiam até chegar ao acesso que dava no ponto de venda da maconha. A Polícia Civil tem imagens de homens portando armas, de jovens indo comprar entorpecentes em bicicletas e de uma mulher que também está sendo investigada.

“Mamoa”, por ter sido baleado, encontra-se internado no Hospital Regional Deoclécio Marques. O delegado Graciliano Lordão disse que o quinteto seria autuado por tráfico e associação ao tráfico de drogas. “Mamoa” também seria autuado por porte ilegal de arma e resistência à prisão. A pistola apreendido foi encontrada em sua casa, na localidade de Cajupiranga.

Um comentário:

  1. 22/09/2011 -
    Por CB Marcos Teixeira: O DIA EM QUE BETHOVEN DESAFINOU

    Recentemente uma declaração bastante inoportuna gerou um enorme blá-blá-blá no interior da tropa policial militar do nosso estado, falo de um comentário de um certo Wendel Bethoven, promotor de justiça, sobre folga dos policiais e respectivamente a prática dos serviços extras, denominados “bicos”. Ao que disse o magistrado: “ os prolongados períodos de folga geralmente alternando-se em 24h de serviço por 72h de folga. Não há de se conceber que um homem sadio e em pleno vigor físico permaneça tanto tempo no ócio”.

    O mesmo promotor ainda atribuiu a três fatores a facilitação do “bico”, mais uma vez sem propriedade e numa concepção simplista, típica de um leigo no assunto, então vejamos:
    Confusão entre segurança pública e privada;
    Baixa remuneração;
    E jornada de trabalho dos policiais . ( Que para ele é folgada).

    Vamos fazer uma rápida análise, ponto a ponto da visão estreita do promotor. Na verdade não existe confusão alguma entre as duas modalidades de segurança (pública e privada) estas na verdade se complementam, existe sim, uma demanda muito grande em função da omissão do estado em oferecer segurança pública de qualidade, fato esse que não é percebido pelo ministério público, do qual faz parte o nobre magistrado, cuja atividade fim, seria cobrar do estado o direito constitucional do cidadão a esse serviço essencial.

    Quanto à baixa remuneração, podemos até encontrar fios de razão, porém não é fator determinante, uma vez que, o número de policiais envolvidos nesses serviços é mínimo se comparado ao efetivo total da policia militar. E mais, se confrontarmos esse dado, com dados do próprio ministério público, perceberemos que os magistrados do Rio grande do Norte ( leia-se juízes, promotores, desembargadores, procuradores) apesar de terem um salário exorbitante, vivem fazendo “bicos” em quase todas as universidades e faculdades e até em cursinhos, como professores, diga-se de passagem, alguns atribuindo valor secundário a atividade acadêmica e dando aulas de péssima qualidade.

    Já referente à jornada de trabalho e conseqüentemente a folga do policial, ai sim, é que o magistrado demonstra desconhecer a realidade, pois todo aquele que trabalha em jornada de 24h ininterrupta, tem garantido por lei a folga de 72h, o que nunca ocorreu na policia militar, que só permite a folga de 48h, sendo a de 72h um fato recente e ainda pontual dentro da corporação. Um representante do MP folga muito mais, pois enquanto trabalhamos três dias em um, eles trabalham apenas ¼ de dia em um, já que a sua jornada é de 6h diárias. Assim em um dia trabalhado, o policial militar responde por quatro dias de um promotor.

    Quando ele se refere ao completo vigor físico e mental do policial, que segundo o mesmo vive do ócio, engana-se mais uma vez, pois o policial militar é a categoria profissional que mais é vitimada por problemas psicológicos, psiquiátricos, problemas de stress motivado pelas jornadas sobre-humanas a que é submetido, as pressões do serviço diário na mediação de conflitos e nas derrotas constantes em sua atividade fim, do abuso da hierarquia e das constantes injustiças advindas da própria justiça, do stress característico de quem vive na linha tênue do medo, sem o direito de errar. Raramente um policial vai para a reserva, após trinta anos de serviço com a saúde inabalada.

    A essa altura, se leu os comentários e a repercussão de suas declarações o promotor já deve ter mudado de opinião, mesmo assim, nos preocupa esta visão, que esperamos não seja de todo o corpo do ministério público do RN, afinal, são eles os fiscais atentos da atuação de poder do estado sobre os cidadãos, que também o somos.
    Pra te ser sincero nem sei por qual razão ainda me dispus a comentar tamanha sandice, pois esse é o tipo do comentário que não merece comentário...
    A propósito, o outro Bethoven era surdo ou cego?
    Marcos Teixeira
    É sociólogo e acadêmico de direito da UERN. Atualmente diretor de comunicação da ACSPMRN.

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