segunda-feira, 8 de abril de 2013

Julgamento de acusados por "massacre" no Carandiru começa hoje


Começou nesta segunda-feira (8) o julgamento dos acusados pela morte de 111 detentos na Casa de Detenção do Carandiru. O júri popular teve início às 9h, no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O juiz designado para o caso é José Augusto Nardy Marzagão, da Vara do Júri de Santana.

Sérgio Castro/AE
O presídio Carandiru, hoje desativado, foi palco da morte de 111 detentos em 1992, na capital paulista
O presídio Carandiru, hoje desativado, foi palco da morte de 111 detentos em 1992, na capital paulista

Devido ao grande número de réus envolvidos, o julgamento será feito em etapas. A previsão é que a primeira, quando serão julgados 26 réus, dure entre uma e duas semanas. A esses policiais são imputadas 15 acusações de homicídio qualificado. No total, 79 policiais militares devem ser julgados.

O maior massacre do sistema penitenciário brasileiro ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do Carandiru (como ficou conhecida a Casa de Detenção), na capital paulista, já desativado. Três prédios do complexo foram demolidos para construção de um parque e os outros vão abrigar centros educacionais.

Os réus que vão ser julgados são os policiais militares que entraram no segundo pavimento do presídio, onde morreram 15 detentos. O julgamento dos demais réus ainda não está marcado, mas espera-se que ainda haverá mais cinco ou seis blocos de julgamento. A expectativa é que novos julgamentos sejam marcados a cada três meses.

O processo é um dos maiores da Justiça de São Paulo, com 57 volumes de autos principais e mais de 90 apensos, além dos documentos de autos desmembrados, perfazendo um total de mais de 50 mil páginas.

Fonte: Tribuna do Norte

Um comentário:

  1. Tem muitos presídios Brasil afora que merecia acontecer o que aconteceu no Carandiru, só assim a marginalidade ia ter respeito pela Polícia e pela Justiça.

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