O Iraniano condenado a 128 anos foi trazido para o Presídio Federal localizodo em Mossoró em sigilo na última sexta-feira, 29/07/11.
O iraniano Farhad Marvizi, 47, considerado de alta periculosidade mesmo estando preso foi transferido sexta-feira passada, 29, em sigilo para o Presídio Federal de Mossoró. Farhad Marvizi e sua mulher foram sentenciados nos crimes de lavagem e evasão de divisas.
Ele foi condenado pela Justiça Federal de Fortaleza-CE a 128 anos de reclusão em regime fechado, pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, cometidos no Ceará. Sua mulher, a cearense Sandra Almeida do Nascimento, 34, recebeu, pelos mesmos crimes, a pena de sete anos e oito meses, a ser cumprida em regime semi-aberto. Ambos podem recorrer da decisão.
Prestes a completar um ano de sua prisão, em 12 de agosto do ano passado, por acusações em crimes de homicídio, Marvizi foi transferido na última sexta-feira, 29, para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Mossoró -RN. A transferência foi feita sob sigilo por agentes da Polícia Federal.
Na sentença, o juiz da 11ª Vara Federal, Danilo Fontenelle Sampaio, reafirmou a necessidade de o iraniano continuar mantido detido e renovou sua prisão preventiva. A condenação por lavagem e evasão de divisas daria a Marvizi o direito de aguardar em liberdade enquanto recorrer da pena, mas o juiz considerou que “há claros indicativos da existência de um risco concreto de que, em liberdade, o condenado poderá voltar a praticar delitos”.
A transferência para Mossoró fez parte da precaução tomada pelas autoridades locais. O iraniano tem seu nome citado em pelo menos 17 investigações por crimes de homicídio, estelionato, receptação, violação de direito autoral, furto e posse de arma.
A própria sentença judicial lista o nome de nove pessoas que teriam mortes atribuídas a Farhad Marvizi nos últimos anos: o casal Carlos José Medeiros Magalhães e Maria Elisabeth Almeida Bezerra, Francisco Cícero Gonçalves de Sousa, Marcelo Lessa Soares, Francisco Assis Quintino, o italiano Mário Procópio, Luzimário Ferreira da Silva, Tárcio Oliveira Evangelista e o empresário Francisco Francélio Holanda Filho.
O iraniano chegou a ser apontado também pela tentativa de homicídio ao auditor fiscal José de Jesus Ferreira, no início de 2009. Mas a denúncia foi considerada improcedente, mesmo sob protesto da categoria de auditores no Ceará.
Todos, segundo as investigações policiais, teriam sido ordenadas ou cometidas pelo iraniano, que recorreria a serviços de um grupo de matadores formado por vários policiais. Seus advogados de defesa negam as acusações. As acusações de homicídios tramitam na Justiça Estadual.
A sentença também aplicou multas de R$ 750 mil ao iraniano e de R$ 6.500 à sua mulher. Marvizi e Sandra, juntos, foram acusados de transferir US$ 1.690.050,00 para o Exterior, entre 1997 e 2000. Na investigação, foi apurado que os dois prestaram declarações falsas sobre o uso de travellers checks (cheques de viagem).
Ao invés de cobrir despesas dessas viagens, a moeda estrangeira ia para operações irregulares, inclusive tratamento médico no Exterior.
O iraniano é portador de uma bexiga artificial. No dia 9 de junho último, a doença foi usada como argumento trazê-lo de volta ao Ceará, onde estava mantido no xadrez da Polícia Federal.
A Justiça também confiscou bens apreendidos nas duas empresas de Marvizi e em sua casa, e bloqueou contas bancárias do casal.
ENTENDA A NOTÍCIA
Mesmo condenado a 128 anos, Farhad Marvizi não cumprirá mais do que 30 anos de pena, que é o máximo determinado pela legislação brasileira. Mesmo que receba condenações por outros crimes que lhe são imputados, as penas deverão ser unificadas para o limite permitido. Marvizi é naturalizado brasileiro.
A denúncia de lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra Marvizi chegou à Justiça Federal em 10 de agosto de 2009. No processo, são apontadas 23 operações que resultaram em evasão e três situações que demonstraram a lavagem - em suas empresas de celulares e eletrônicos e em sua residência.
Pelas acusações de homicídio, o iraniano segue respondendo aos procedimentos na Justiça Estadual. Os casos chegaram a ter análise inicial na Justiça Federal, mas agora tramitam na 2ª Vara do Júri, onde recentemente Farhad Marvizi prestou depoimento como réu.
Todas as vítimas que tiveram suas mortes atribuídas ao iraniano, conforme apontam as investigações, teriam de alguma forma entrado no caminho dos negócios de Marvizi.
Marvizi foi preso durante a operação Canal Vermelho, da Polícia Federal, em agosto de 2010. Dias depois, foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, onde está o sargento PM Jean Charles Libório, apontado como seu braço direito nas ações criminosas.
Fonte:Jornal O Povo
O iraniano Farhad Marvizi, 47, considerado de alta periculosidade mesmo estando preso foi transferido sexta-feira passada, 29, em sigilo para o Presídio Federal de Mossoró. Farhad Marvizi e sua mulher foram sentenciados nos crimes de lavagem e evasão de divisas.
Ele foi condenado pela Justiça Federal de Fortaleza-CE a 128 anos de reclusão em regime fechado, pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, cometidos no Ceará. Sua mulher, a cearense Sandra Almeida do Nascimento, 34, recebeu, pelos mesmos crimes, a pena de sete anos e oito meses, a ser cumprida em regime semi-aberto. Ambos podem recorrer da decisão.
Prestes a completar um ano de sua prisão, em 12 de agosto do ano passado, por acusações em crimes de homicídio, Marvizi foi transferido na última sexta-feira, 29, para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Mossoró -RN. A transferência foi feita sob sigilo por agentes da Polícia Federal.
Na sentença, o juiz da 11ª Vara Federal, Danilo Fontenelle Sampaio, reafirmou a necessidade de o iraniano continuar mantido detido e renovou sua prisão preventiva. A condenação por lavagem e evasão de divisas daria a Marvizi o direito de aguardar em liberdade enquanto recorrer da pena, mas o juiz considerou que “há claros indicativos da existência de um risco concreto de que, em liberdade, o condenado poderá voltar a praticar delitos”.
A transferência para Mossoró fez parte da precaução tomada pelas autoridades locais. O iraniano tem seu nome citado em pelo menos 17 investigações por crimes de homicídio, estelionato, receptação, violação de direito autoral, furto e posse de arma.
A própria sentença judicial lista o nome de nove pessoas que teriam mortes atribuídas a Farhad Marvizi nos últimos anos: o casal Carlos José Medeiros Magalhães e Maria Elisabeth Almeida Bezerra, Francisco Cícero Gonçalves de Sousa, Marcelo Lessa Soares, Francisco Assis Quintino, o italiano Mário Procópio, Luzimário Ferreira da Silva, Tárcio Oliveira Evangelista e o empresário Francisco Francélio Holanda Filho.
O iraniano chegou a ser apontado também pela tentativa de homicídio ao auditor fiscal José de Jesus Ferreira, no início de 2009. Mas a denúncia foi considerada improcedente, mesmo sob protesto da categoria de auditores no Ceará.
Todos, segundo as investigações policiais, teriam sido ordenadas ou cometidas pelo iraniano, que recorreria a serviços de um grupo de matadores formado por vários policiais. Seus advogados de defesa negam as acusações. As acusações de homicídios tramitam na Justiça Estadual.
A sentença também aplicou multas de R$ 750 mil ao iraniano e de R$ 6.500 à sua mulher. Marvizi e Sandra, juntos, foram acusados de transferir US$ 1.690.050,00 para o Exterior, entre 1997 e 2000. Na investigação, foi apurado que os dois prestaram declarações falsas sobre o uso de travellers checks (cheques de viagem).
Ao invés de cobrir despesas dessas viagens, a moeda estrangeira ia para operações irregulares, inclusive tratamento médico no Exterior.
O iraniano é portador de uma bexiga artificial. No dia 9 de junho último, a doença foi usada como argumento trazê-lo de volta ao Ceará, onde estava mantido no xadrez da Polícia Federal.
A Justiça também confiscou bens apreendidos nas duas empresas de Marvizi e em sua casa, e bloqueou contas bancárias do casal.
ENTENDA A NOTÍCIA
Mesmo condenado a 128 anos, Farhad Marvizi não cumprirá mais do que 30 anos de pena, que é o máximo determinado pela legislação brasileira. Mesmo que receba condenações por outros crimes que lhe são imputados, as penas deverão ser unificadas para o limite permitido. Marvizi é naturalizado brasileiro.
A denúncia de lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra Marvizi chegou à Justiça Federal em 10 de agosto de 2009. No processo, são apontadas 23 operações que resultaram em evasão e três situações que demonstraram a lavagem - em suas empresas de celulares e eletrônicos e em sua residência.
Pelas acusações de homicídio, o iraniano segue respondendo aos procedimentos na Justiça Estadual. Os casos chegaram a ter análise inicial na Justiça Federal, mas agora tramitam na 2ª Vara do Júri, onde recentemente Farhad Marvizi prestou depoimento como réu.
Todas as vítimas que tiveram suas mortes atribuídas ao iraniano, conforme apontam as investigações, teriam de alguma forma entrado no caminho dos negócios de Marvizi.
Marvizi foi preso durante a operação Canal Vermelho, da Polícia Federal, em agosto de 2010. Dias depois, foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, onde está o sargento PM Jean Charles Libório, apontado como seu braço direito nas ações criminosas.
Fonte:Jornal O Povo
Via Gazeta do Oeste - Retirado do GTC Mossoró
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