Valdir Julião
e Júlio Pinheiro
Repórteres
A população de Parnamirim está em choque. Na tarde de ontem, uma quadrilha assaltou o carro de uma rede de farmácias que fazia o transporte de dois malotes de dinheiro para o Banco do Brasil. Na ação, dois policiais militares à paisana, que faziam a escolta do funcionário que faria o depósito de aproximadamente R$ 130 mil, foram baleados durante intenso tiroteio. Um deles, o cabo Francisco Osmar dos Santos, de 48 anos, morreu no hospital Deoclécio Marques, para onde foi levado depois de ser alvejado no tórax e na cabeça. Até a noite de ontem, os policiais tinham recuperado um malote com R$ 92 mil e prendido um dos integrantes do bando. A polícia desconfia de que o bando já acompanhava o movimento da empresa na agência há alguns meses.
Júnior SantosPoliciais agiram rápido e conseguiram prender um dos assaltantes e recuperar malote com R$ 92 mil de rede de farmácia
Por volta das 15h de ontem, o carro da farmácia que fazia o transporte do dinheiro estacionava nas proximidades da agência do Banco do Brasil. De acordo com informações da Polícia Militar, estavam no Fiesta branco da empresa o cabo Francisco Osmar dos Santos, lotado na Guarda Carcerária, o soldado PM Anderson Carlos dos Santos, do 3º Batalhão, e, segundo a polícia, um funcionário da farmácia que depositaria o dinheiro. Antes mesmo dos policiais e do funcionário desembarcarem do carro, os bandidos anunciaram o assalto. Foi quando teve início a troca de tiros.
Acuados e em menor número, os dois policiais abriram fogo contra os bandidos. Porém, os criminosos conseguiram ferir os três ocupantes do veículo e pegar os malotes. Em poucos minutos o local já estava repleto de policiais militares do 3º Batalhão, que fica próximo ao Banco do Brasil. O socorro médico chegou rapidamente e resgatou os três ocupantes do veículo, levando-os ao hospital Deoclécio Marques. Lá, as situações do soldado Anderson Carlos e do funcionário da empresa (nome preservado) foram estabilizadas e os dois não correm risco de morrer. No entanto, o cabo Osmar faleceu às 17h20 devido à gravidade dos ferimentos. Enquanto isso, seguia a perseguição aos criminosos.
De acordo com informações levantadas pelos policiais, o bando escondeu os rostos durante toda a ação e fugiram separadamente. Um grupo decidiu fugir à pé e, poucos metros longe da agência, roubaram um Fiat Siena bege, que foi perseguido até a altura de Emaús, onde, segundo o policial que dirigia a viatura M-317 que faz a ronda policial da avenida Maria Lacerda Montenegro, em Nova Parnamirim, o Siena foi interceptado e o bandido que dirigia o veículo foi baleado e preso, enquanto os outros dois criminosos seguiram para um matagal e não foram alcançados pelos policiais. O criminoso ferido foi levado também para o hospital Deoclécio Marques, onde foi medicado e passa bem. Contudo, não foram somente os dois bandidos que seguiram para o matagal que conseguiram escapar.
Outro grupo fugiu em duas motocicletas que utilizaram no assalto. Os veículos foram abandonados ainda na Grande Natal, quando o bando roubou um Fiat Uno preto e seguiu até o município de Lajes, a 125km de Natal, onde abandonaram o veículo e continuaram a fuga de modo ainda desconhecido pela polícia. A ação surpreendeu os policiais pela ousadia.
O major Jair Júnior, do 3º Batalhão, de Parnamirim, foi um dos primeiros a chegar ao local do crime e lamentou o fato. "Entrar na marginalidade já é uma ousadia, ainda mais aqui, próximo ao Batalhão. A polícia agiu rápido e por isso conseguiu recuperar um dos malotes roubados", explicou o PM, referindo-se aos R$ 92 mil recuperados no carro onde estavam os criminosos alcançados por uma viatura da PM.
Além do criminoso que foi preso, a PM deteve para a averiguação algumas pessoas que estavam nas proximidades do local do crime. Os policiais observaram pontos onde os bandidos poderiam utilizar como esconderijo e, inclusive utilizaram o helicóptero Potiguar I na ação, mas somente o criminoso que foi baleado em Emaús preso ao tentar fazer uma contramão pela rua calçada a paralelepípedo que vem da base aérea de sai na BR-101, com destino a Natal.
Transporte de dinheiro era clandestino
O transporte de grandes quantias em carros de pequeno porte e sem a estrutura de segurança necessária é desaconselhada pela Polícia Militar. O comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, referiu-se como "clandestino" ao transporte utilizado ontem para levar quase R$ 130 mil ao Banco do Brasil em Parnamirim.
Apesar de ser ilegal, é comum que policiais militares façam serviços extras durante os períodos de folga. Foi o caso dos dois policiais que estiveram no tiroteio no centro de Parnamirim. A polícia desconfia que os bandidos já estavam monitorando os horários e dias em que o carro da empresa fazia os depósitos na agência e, aproveitando a estrutura insuficiente que fazia o transporte, decidiram fazer o assalto. "Por serem policiais dentro do carro, acredito que os bandidos já sabiam que haveria resistência em caso de tentativa de assalto, tanto que estavam preparados e armados para o embate que, infelizmente, resultou na morte do policial", lamentou o coronel Araújo.
Especializado
Para se realizar o transporte de altas quantias, a orientação da Polícia Militar é que uma empresa especializada seja contratada, com segurança privada. "É importante que as empresas entendam que há um serviço especializado para esse transporte e não queiram improvisar. É mais seguro para todos", concluiu Coronel Araújo.
Cidade contava com reforço policial
O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Parnamirim, tenente coronel Jair Júnior, chefiou a operação ostensiva na tentativa de capturar o grupo de assaltantes, que roubaram dois malotes de uma rede de farmácia. Ele disse que, por coincidência, a cidade estava com reforço policial, ontem à tarde, em virtude do desfile estudantil em comemoração ao dia 7 de Setembro. Jair Júnior falou ao TN On line no calor da ação:
O que houve realmente nessa operação?
Não foi assalto a banco, foi uma tomada de malotes de empresa privada, inclusive policiais que estavam de folga reagiram e e aqui da guarda do batalhão, que prontamente reagiram porque o quartel aqui vizinho, os bandidos correram e inclusive recuperamos um malote com R$ 92 mil, foi contado e vai ser entregue à Polícia Civil.
Quais as providência depois da perseguição policial?
Minha prioridade foi isolar o local para evitar que inocentes saíssem feridos, liberar os clientes e os funcionários.
Os bandidos foram usados, em agir próximo ao quartel?
A marginalidade já é ousada em só por ser de criminosos. Mas a gente está pronto para isso, nossa profissão é essa enfrentar o crime, independentemente de onde seja o local, a está ai para dar segurança ao cidadão e felizmente não houve nenhum inocente ferido.
Outro grupo fugiu em duas motocicletas que utilizaram no assalto. Os veículos foram abandonados ainda na Grande Natal, quando o bando roubou um Fiat Uno preto e seguiu até o município de Lajes, a 125km de Natal, onde abandonaram o veículo e continuaram a fuga de modo ainda desconhecido pela polícia. A ação surpreendeu os policiais pela ousadia.
O major Jair Júnior, do 3º Batalhão, de Parnamirim, foi um dos primeiros a chegar ao local do crime e lamentou o fato. "Entrar na marginalidade já é uma ousadia, ainda mais aqui, próximo ao Batalhão. A polícia agiu rápido e por isso conseguiu recuperar um dos malotes roubados", explicou o PM, referindo-se aos R$ 92 mil recuperados no carro onde estavam os criminosos alcançados por uma viatura da PM.
Além do criminoso que foi preso, a PM deteve para a averiguação algumas pessoas que estavam nas proximidades do local do crime. Os policiais observaram pontos onde os bandidos poderiam utilizar como esconderijo e, inclusive utilizaram o helicóptero Potiguar I na ação, mas somente o criminoso que foi baleado em Emaús preso ao tentar fazer uma contramão pela rua calçada a paralelepípedo que vem da base aérea de sai na BR-101, com destino a Natal.
Transporte de dinheiro era clandestino
O transporte de grandes quantias em carros de pequeno porte e sem a estrutura de segurança necessária é desaconselhada pela Polícia Militar. O comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, referiu-se como "clandestino" ao transporte utilizado ontem para levar quase R$ 130 mil ao Banco do Brasil em Parnamirim.
Apesar de ser ilegal, é comum que policiais militares façam serviços extras durante os períodos de folga. Foi o caso dos dois policiais que estiveram no tiroteio no centro de Parnamirim. A polícia desconfia que os bandidos já estavam monitorando os horários e dias em que o carro da empresa fazia os depósitos na agência e, aproveitando a estrutura insuficiente que fazia o transporte, decidiram fazer o assalto. "Por serem policiais dentro do carro, acredito que os bandidos já sabiam que haveria resistência em caso de tentativa de assalto, tanto que estavam preparados e armados para o embate que, infelizmente, resultou na morte do policial", lamentou o coronel Araújo.
Especializado
Para se realizar o transporte de altas quantias, a orientação da Polícia Militar é que uma empresa especializada seja contratada, com segurança privada. "É importante que as empresas entendam que há um serviço especializado para esse transporte e não queiram improvisar. É mais seguro para todos", concluiu Coronel Araújo.
Cidade contava com reforço policial
O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Parnamirim, tenente coronel Jair Júnior, chefiou a operação ostensiva na tentativa de capturar o grupo de assaltantes, que roubaram dois malotes de uma rede de farmácia. Ele disse que, por coincidência, a cidade estava com reforço policial, ontem à tarde, em virtude do desfile estudantil em comemoração ao dia 7 de Setembro. Jair Júnior falou ao TN On line no calor da ação:
O que houve realmente nessa operação?
Não foi assalto a banco, foi uma tomada de malotes de empresa privada, inclusive policiais que estavam de folga reagiram e e aqui da guarda do batalhão, que prontamente reagiram porque o quartel aqui vizinho, os bandidos correram e inclusive recuperamos um malote com R$ 92 mil, foi contado e vai ser entregue à Polícia Civil.
Quais as providência depois da perseguição policial?
Minha prioridade foi isolar o local para evitar que inocentes saíssem feridos, liberar os clientes e os funcionários.
Os bandidos foram usados, em agir próximo ao quartel?
A marginalidade já é ousada em só por ser de criminosos. Mas a gente está pronto para isso, nossa profissão é essa enfrentar o crime, independentemente de onde seja o local, a está ai para dar segurança ao cidadão e felizmente não houve nenhum inocente ferido.
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