Felipe Gurgel - Repórter
Macaíba vai se tornar o ponto de
encontro de todos os atiradores profissionais do Rio Grande do Norte no próximo
final de semana. É que na Associação dos Agentes da Polícia Federal vai
acontecer a primeira etapa do campeonato estadual 2013 na categoria tiro
prático, mais conhecida como IPSC (International Practical Shooting
Confederation). Mesmo sendo realizado por integrantes da polícia e sendo uma
competição potiguar, o agente classe especial, Fernando Araújo, revela que a
disputa é aberta a todos os associados a algum clube do tiro do Rio Grande do
Norte e também de outros estados vizinhos.
"Não teremos apenas agentes
da polícia federal. Nos clubes de tiros do Rio Grande do Norte, temos médicos,
advogados, empresários, pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade que
gostam de praticar o tiro esportivo e também de participar dessas competições.
Estamos esperando entre 80 e 100 competidores, que, além de Natal, vão vir de
Mossoró, Caicó, Assú, Santa Cruz e de outros estados, como Paraíba, Ceará e
Pernambuco. Essa etapa vai ser bastante acirrada. Como temos seis clubes de
tiros registrados, teremos seis etapas durante todo o ano", prevê Araújo.
A competição vai acontecer em
duas categorias: Revólver (masculino e feminino) e Pistola, que, além de ser
para homens e mulheres, é dividida também e três modalidades: Production, que o
competidor não pode modificar a arma, a Standard, quando o competidor pode
modificar sua arma e a Open, aberta para todos os participantes do
campeonato. "Teremos sete pistas no
espaço reservado ao campeonato e cada uma diferente da outra. Pensamos em
organizar uma disputa para que todos os participantes possam demonstrar suas
habilidades. Não podemos ter só pistas rápidas, porque tem competidores que são mais técnicos e não
tão rápidos. O ideal é ser preciso e rápido e é isso que vamos ter nessa
competição", afirma Fernando Araújo.
No sábado, a competição vai ser
dedica apenas aos árbitros, já que no domingo, eles vão ser os responsáveis por
divulgar a pontuação de cada participante e, por isso, não vão poder competir.
Além dos homens, mulheres também estão liberadas para participar da competição.
O número é menor do que o dos homens, mas, está crescendo a cada dia. "No
Nordeste, de uma forma geral, as mulheres ainda estão em um número muito menor
que os homens, mas, estão começando a se interessar pela prática do tiro. No
Sul, é impressionante a quantidade de mulheres que participam das competições.
E, crianças também. Como se trata de um esporte, todo mundo pode
praticar", revela o agente da classe especial.
Um dos participantes do
campeonato vai ser Leonardo Lacerda. Agente da Polícia Federal, ele explica que
o tiro prático, assim como outras modalidades esportivas, vem evoluindo ao
longo dos tempos e cada vez mais, a parte física é fundamental para a sua
prática.
"Antigamente, o esporte era
um estilo mais clássico e hoje é mais dinâmico. O tiro foi evoluindo com o
passar do tempo e as pistas de competições também. Antes, era só atirar nos
alvos. Agora, com todas as dificuldades, os competidores precisam desenvolver suas
estratégias para cada pista, cada competição", afirma Lacerda.
Segurança é fundamental para a
realização da disputa
Por se tratar de uma competição
que envolve armas de fogo, a segurança, nessas disputas, é dobrada, para evitar
acidentes envolvendo os participantes, como também as pessoas que estão apenas
olhando a disputa ou torcendo pelos seus preferidos. Para começar, de acordo
com Fernando Araújo, existe um espaço próprio para manusear as armas, para
evitar disparos acidentais. Todo competidor, por obrigação, deve passar por
essa espécie de sala, para preparar sua arma, seja pistola ou revólver. Em
seguida, eles devem colocar suas armas no coldre, assim como os carregadores de
munição.
Todos esses passos são analisados
de perto pelos árbitros da competição e qualquer deslize ou não cumprimento de
algumas dessas regras de segurança, podem gerar de penalidades na pontuação
geral do competido a eliminação na disputa.
"A segurança, nessas
competições, estão, sempre, em primeiro lugar. Não podemos dar espaço para
deslizes, já que estamos lidando com armas de fogo", afirma Araújo.
Os próprios competidores são
obrigados a usar alguns utensílios para sua segurança. Óculos e abafador
auditivo são essenciais para a disputa. "Mesmo que os participantes fiquem
a uma distância segura dos alvos (cerca de sete metros), às vezes sobra algum
estilhaço de cápsula ou do próprio alvo. Então, os óculos servem para proteger
os competidores", revela o agente da classe especial.
Cada pista é colocada em uma área
diferente do espaço, justamente para impedir que aconteçam problemas na
execução das provas. Apenas os competidores podem ficar presentes nos espaços
determinados para as provas. Quando a disputa termina, os atiradores precisam
desarmar a pistola, retirar o cartucho e mostrar aos juízes que a arma está
limpa e não oferece perigo aos presentes na competição.
Os interessados em participar do
campeonato de tiro prático deve ser filiado a algum clube de tiro do Rio Grande
do Norte. As inscrições podem ser feitas no dia da competição. Homem tem que
pagar uma taxa de R$ 70 e mulher não paga.
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