O Brasil costuma levar a fama de não valorizar sua história e, muitas vezes, podemos verificar que realmente a maioria das pessoas pouco sabe sobre instituições de renome na história de nosso país.
Poucas polícias no planeta podem se orgulhar de ter uma história tão bonita quanto a da Polícia Militar brasileira e ela merece ser contada precisamente, pois sua atuação continua a ser essencial e sua relação com a população também.
Então nada mais justo que expor seus feitos e origem. No post de hoje iremos contar a história da Polícia Militar no Brasil. Confira:
A origem
A ideia de polícia no Brasil surgiu há muito tempo, ainda em 1500, quando D. João III resolveu instituir o sistema de capitanias hereditárias como divisão territorial vigente no país.
Martim Afonso de Souza recebeu então a chamada carta régia, que o estabelecia como administrador e promotor da justiça, além de organizador do serviço de ordem pública da maneira que ele julgasse correta, em todas as terras que conquistasse.
A partir daí, os registros mostram que em 1530 surgiu a Polícia Brasileira, com o intuito de promover a organização dos serviços e da ordem pública.
A estrutura
Em nossa pátria, o modelo de estruturação da polícia seguia a hierarquia usada em Portugal na Idade Média.
O sistema então contava com a figura de um Alcaide Mor, uma espécie de juiz com atribuição militar e policial, Alcaide Pequeno, que prendia criminosos especialmente em incursões à noite e quadrilheiro, homem que fazia juramento de cumprir o dever de policial, entre outros.
Era o Alcaide Pequeno que fazia o policiamento nas cidades e era ajudado por um escrivão da Alcaidaria, além dos quadrilheiros e do oficial de justiça (Meirinho).
O embrião da Polícia Militar
Muito depois dessa arcaica organização, surgia o embrião da Polícia Militar brasileira. Ele teve sua origem nas Forças Policiais, criadas ainda no Brasil Império. A corporação com mais tempo é a do estado do Rio de Janeiro, chamada de “Guarda Real da Polícia”. Ela tem sua data inicial em 13 de maio de 1809, através de D. João IV, na época Rei de Portugal, que enviou sua corte de Lisboa para cá, por conta da sangrenta guerra que Napoleão promovia pela Europa.
O papel nos movimentos
Em 1830, D. Pedro I abdicou ao trono e D. Pedro II não possuía idade para assumir. Surge então o governo regente, que desagrada em cheio o povo, que contesta sua legitimidade. Movimentos revolucionários surgem, como a Guerra dos Farrapos e a Balaiada. Como eram considerados um perigo para a estabilidade Imperial, o ministro da justiça, padre Feijó, cria no Rio de Janeiro o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, com atuação importante na manutenção da paz e da unidade nacional.
Vale lembrar que mesmo antes da família real chegar ao país, já havia uma força de patrulhamento em Minas Gerais, datada no ano de 1775, como o Regimento Regular de Cavalaria de Minas, criada na antiga Vila Velha (atual Ouro Preto). Era paga com dinheiro dos cofres públicos e já podia ser considerada uma “PM” mineira.
A partir de 1831, os outros estados passam a copiar a ideia e montar as suas guardas. A partir da Constituição de 1946, as Guardas Municipais começaram oficialmente a serem chamadas de Polícia Militar.
Surgia assim, de maneira oficial, essa corporação que hoje é muito importante para nosso país e segue incessante na busca da proteção do cidadão de bem e da justiça.
Fonte: Blog - E-Militar
Fonte: Blog - E-Militar
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